sexta-feira, dezembro 19, 2008

Dezembro de 2008

O Dezembro impõe-se! Gela-se lá nas terras altas...e aqui, mais perto do mar, nem se acredita que o frio chegou...

Já se ouve o gracejo longínquo do velho de barbas que está quase a chegar, e pelo meio vamos preparando a festa que juntará quem quer, quem quiser, família unida ou não, amigos desejados ou empurrados!

O tempo é de sorrisos para os pequenos e de balanço de final de ano. Para uns foi bom, para outros, a vida mostrou que o ciclo chamado vida é mais de morte roubada.

Limpem-se as lágrimas, engulam-se os soluços....vem aí o Natal, a festa da alegria e da esperança num mundo novo.

Já chegam os sons de palavras trocadas, de histórias recontadas, de barulho de passitos procurando embrulhos, e leituras de nomes em voz alta nos cartões que povoam as cores vermelhas das prendas ansiadas...

Os cheiros...a canela da aletria, o açúcar queimado na hora, do leite creme que faz a delicia de todos...e o bacalhau cozido a fazer da criançada, e não só... os mais infelizes no repasto natalício...
Depois ouve-se o telintar de aperitivos em copos que, pela noite dentro serão enchidos vezes sem conta para acompanhar solenemente as delícias da noite...

E chega-se ao momento especial...a porta abre-se e lá fora, entre o frio da noite e a quentura das ilusões surge o primeiro de muitos presentes...

Tudo cintila, os festejos continuam nas gargalhadas dos pequenos, que nervosos vão vendo o que este ano veio para os satisfazer...ouvem-se choros de desanimo...não era aquilo!!!

A noite vai chegando ao fim, diminuindo o som das conversas, sussurrando-se que o sono vai chegando e é hora de regressar a casa...

Amanhã come-se o "farrapo velho"...
Bom Natal...para todos.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

O caminho vai sendo percorrido,em passadas lentas, pensativas...
Da tristeza não me consigo separar, está entranhada no dia e na noite,no frio no calor de mim...e vou caminhando em espinhos que não sinto, que não superam a dor do meu interior.
Procuro consolo e não encontro
Procuro palavras de acalmia e não as ouço, não as leio
Vivo em dois mundos:um que se tem de viver,andar para a frente,levar a vida,frases feitas, conselhos dados sem pedidos,opiniões de saber desprovido de amor e sentimento...
Vivo o outro...dentro de mim: atormentada, angustiada, revoltada, desesperada, sem poder acreditar que a vida me deu a morte, a fez passar por mim gracejando de mim, turtuosamente...
Levou o meu Sol...