domingo, abril 29, 2007

Isto de relembrar...


Depois de algumas conversas concluí que era extremamente desonesta em não criar o clube Cerelac...
Por isso aí vai, sendo a minha amiga
"rendadebilros" a primeira e maravilhosa sócia!!!

sábado, abril 28, 2007

O Clube Nestum...

Sem querer fazer publicidade...tenho de contar a todos...
Desde sempre me lembro do sabor do Nestum que a minha mãe me punha bem debaixo do nariz para eu acordar...mas não era Nestum assim sem mais nem menos!
Era num prato de sopa de bebé, bem grosso...tipo argamassa!
Toda a gente lá em casa destestava, e o meu irmão até tinha vómitos só de ver...e eu deliciava-me ao acordar!!!
Nunca mais me tinha lembrado disto até ontem ter conversado com um amigo, o António, sobre estes tempos de meninice...o tulicreme às pazadas...as gemadas carregadinhas de açucar...as batatas fritas feitas em casa...e o Nestum...
Foi lindo!
E não é que os dois ainda gostamos de Nestum com a colher espetada sem cair?E não venham cá com o Nestum de Figos e de Arroz...
Nestum só há um...o de Mel!
Aqui pergunto, quem é do nosso clube?Os do Nestum???
O Clube iniciou-se ontem e os primeiros sócios são:eu e o António!

quarta-feira, abril 25, 2007



Porque hoje o dia é em Vermelho!

Vermelho de sangue que tantos derramaram nas lutas obrigadas por maníacos em terras longínquas de sol abrasador...

Homenageio o meu Pai, que lutou por obrigação sem poder fugir, sem poder dizer NÃO!

Obrigado Pai, pois as tuas "lutas" fizeram com que hoje eu possa dizer Não...e me ensinaram a respeitar, a desejar o bem, a lutar por um Mundo melhor...

Obrigado a todos que por palavras, sons, amor e guerra foram lutando e nos ofereceram a liberdade em mãos sofridas.

Que pena que nem tudo tenha corrido pelo melhor, mas nunca, nunca mais o dia nascerá cinzento!

25 de Abril Sempre...

O livro da Né

III


Despedi-me delas no carro. Tinha sido uma noite de outro mundo, e em outro mundo iria entrar.
Abri a porta de casa e apenas vislumbrei as sombras da televisão da sala onde os meus pais serenamente me esperavam. Sorriso da minha mãe, compreendedor de tantas falhas que tenho tido. O meu pai lá se levantou e com a sua maneira sempre agradável fez um breve resumo do que os netos tinham feito e o que tinham dito. Tudo calmo, tudo como deve de ser.
-Até amanhã, obrigado por terem ficado, sussurrei agradecendo de coração mais partido do que inteiro. A noite findara e eu senti a solidão a entranhar-se em mim.
-Até manhã, filha. Foi o mote da saída de quem sempre está presente em mim.
Fiquei só. Visitei os quartos deles e vi-os dormir com sorrisos e manias de sempre: Afonso enrolado no lençol, Margarida encolhidinha como se ainda estivesse dentro de mim.
O silêncio sabia-me bem, apenas a solidão me atormentava.
Sentei-me na cozinha, como tantas vezes fazia, e fui recordando as palavras, as gargalhadas da noite, e sem querer deixei-me flutuar em recordações ainda mais longínquas que há muito tempo não me cercavam.
A minha adolescência…as amigas…os amigos…a escola…e sempre as gargalhadas que me saíam de dentro do coração sem nunca passarem pela minha cabeça.
As saudades fazem-me crescer e viver todos os dias mais em plenitude, mas hoje recordei os sons e aromas da maior perda: o primeiro amor.

segunda-feira, abril 23, 2007

Ainda em pesquisa...

Estou sem forças!
O cansaço vai tomando conta do meu corpo e o sentir a ganhar forças que eu não pretendo ter.
Tudo acaba por ser sentido como um quarteto de cordas que sempre me fascina...o som do violoncelo que chora acompanhado pela alegria contagiante dos violinos e sussorrado pela viola de arco!
É poderoso!
As viagens estão a tornar-se longas demais, e o regresso a casa acaba por não ser um descanço, mas mais momentos de tudo o que se sabe quando numa casa não vive feiticeira que coça o nariz!
Os miúdos vão cercando-me com carinhos e discussões dos 4 anos de diferença entre eles.Por vezes páro e observo-os:como o mundo é engraçado quando se ama e se luta por tudo e por nada!E eu cansada...à espera que a hora chegue para me deitar e esquecer...
Mas não esqueço porque a alma não dorme...e não deixa parar o que vamos sentindo!
O Amor que nasce e nos prende nos sorrisos ali está, entranhado no mais fundo de mim...e com ele tudo o que de bom nos faz sentir...desejos e medos!
Porque o Amor é assim:faz-nos desejar a vida e faz-nos ter medo dela!
Quem vai vencer?

terça-feira, abril 17, 2007

Obrigado...

O livro da Né

Capitulo II


Quando as vi fiquei nervosa. Só agora é que tinha percebido o quanto gosto delas e o quanto tinha de saudades.
A Beatriz sempre linda, com ar decidido, era com quem eu sempre partilhava os meus dias. Vivíamos perto uma da outra e éramos quase inseparáveis.
A Rita, a nossa noviça na vida, sorria-me com meiguice e mimo.
-Sempre magra, disse-lhe eu, que inveja que eu tenho de ti.
Rita sorria e dizia que até estava mais gordinha.
Onde? Nas orelhas!!!
Fomos ter com a Leonor a casa dos pais dela.
Que Mulher! Morena, vestida de branco, linda! Era uma mulher acima dos terrestres que conheço.
Dentro do carro falávamos todas ao mesmo tempo, como adolescentes numa primeira saída. Discutíamos onde iríamos jantar e depois…quem sabe dar um giro!
- Eu não posso, estou de filhos, disse eu, mas aproveitamos o jantar para pôr tudo em dia.
Leonor olhou-me à matador e resmungou logo: Que seca teres de ir cedo…não sei se te consigo contar tudo durante o jantar.
Eu já sabia, quando Leonor começa ninguém mais fala, ouve-a, saboreia-a e bebe-a…e ela, sabe bem o que provoca, e claro aproveita-se de nós para extravasar a vida que tantas vezes está encarcerada tanto tempo.
Fiz-lhe uma festa no braço…como desculpa
A Beatriz, chefe e líder, sem dar por isso, impôs logo o ritmo, vamos para o Pietro e depois vemos o que dá.
Rita guiava silenciosamente, com o seu ar angelical e rindo-se de todas nós que, sendo mais velhas, a fazíamos sentir ainda mais nova.

segunda-feira, abril 16, 2007

Eu não sei quem te perdeu

Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Do Pedro Abrunhosa...sempre lindo!
O dia nasceu bem devagarinho.
Ainda mal acordada, dirigiu-se para a banheira para tentar sentir no corpo jactos de água que lhe levassem a angústia de outras horas.Horas de medo e insegurança que sempre tentara fugir, e mesmo nunca perceber que podiam chegar a qualquer momento.
Os pensamentos ainda surgem nas primeiras gotas de água, mas o dia estava aí para se olhar de frente.
Sentiu vergonha por ser inconstante, mas sabia que era essa característica que lhe fazia sentir a vida sorrir-lhe.
Mas sabia o que não queria...continuava a saber, e desta vez sem querer, e por isso medrosamente percebeu o que queria.Era bem mais fácil saber o que não queria, do que sentir o que realmente queria...tudo o que merecia para ser mais feliz!
Recomeçar como sempre diziam, não!
Começar sim...

sexta-feira, abril 06, 2007

O livro da Né

Capitulo I


Estava num rodopio.
Eram 7 horas da tarde e tudo ainda estava por fazer, Maria tinha um jantar, tinha O jantar, que as ia juntar novamente, mas ainda tinha tanta coisa para fazer.
Deixar o jantar feito para filhos, esperar pelos pais que iriam tomar conta deles. Ainda bem que os avós existem, pensava Maria tantas vezes.
Depois os banhos! Era sempre uma confusão, pois estava sempre a dar uma coisa interessante na televisão à hora do banho.
- Vá lá meninos, os dois para a banheira.
Maria tentava de voz melodiosa, sabendo que essa voz se iria tornar espinhosa à quarta ou quinta vez.
-A água está a correr, não sabem que temos de poupar água?
Nesta altura já apelava a tudo. Ecologia, poupança da água, os incêndios, o futuro sem nada para beber…
Banhos dados, era momento de tomar um duche rápido enquanto pensava no que ia vestir. Nunca Maria fora muito dada a escolhas exaustivas de roupa, mas o momento era importante.
O jantar que sempre lhe fazia bem, onde aprendia a rir e ganhava anos de vida.
Lá se arranjou o melhor que se lembrou, terminando com um risco negro nos olhos e com uma colónia de miúdos a dar-lhe um ar de miúda traquina.
Nem se olhou ao espelho. Para quê?
Foi ansiosa ao encontro das outras: a Beatriz, a Leonor e a Rita.
As quatro mulheres que não eram um grupo mas sim um conjunto de vidas, de aromas, de cores.
Seria uma noite fantástica.

Pés!



Para o Papagueno!!!

Tavito

Só faltas tu...Tavito!

A Kai faz anos!

A minha prima Claudia faz hoje 38 anos!
Fazemos uma diferença de 13 dias...e desde sempre me vali deste tempo...
Fomos criadas como irmãs, ela loira e eu morenita!!!Dois amores!!!Uma chora, outra ri...
Conheci-a primeiro do que a mim própria e sempre me senti ligada a ela sem explicação...
Vivemos sempre unidas...mesmo nas zangas de adolescentes, mesmo nos afastamentos que a vido nos destinou.
Sempre a ouvi, acho que só ela é que sabe como eu sou e o que sinto, e sempre será assim...
Hoje somos mães...e continuamos juntas, no amor dos nossos filhotes...
O nosso amor continua!
Parabéns Kai!E o 38 é um número fantástico...

Caminhada...

Caminho sozinha não sei para onde...
Não procuro nada nem ninguém
Apenas quero sentir,
o vento na cara
o frio no corpo
o calor nos sorrisos por quem vou passando
as lágrimas a surgir pela caminhada
Caminho sozinha...
deixando marcas para quem me quiser seguir
para quem me quiser alcançar...

Loucura de férias...

Desculpem os amigos...mas tive uns dias de férias meio loucos!!!
A festa cá no prédio(onde vivem muitos amiguinhos dos meus filhotes!) tem sido uma constante, e eu, como até sou uma mãe "fixe"(detesto ser fixe!!!)andei num virado para lanches e jantaradas para os mais pequenos!E depois a luta com o computador...só hoje é que consegui aqui vir...
Agora estou sozinha, a saborear a solidão que gosto, mas que ao mesmo tempo me angustia...os miudos foram para o pai!
Vai ser bom para eles e para mim...digo eu!!!
Por isso, queridos companheiros bloguistas e amigos...
Boa Páscoa e gostava de vos pedir uma coisita...
Visitem o site da ACREDITAR e vejam até onde podemos ajudar...nem que seja divulgando.
Um beijo para todos.