quinta-feira, setembro 28, 2006

As músicas da minha vida

Bairro do Oriente

Tenho à janela
Uma velha cornucópia
Cheia de alfazema
E orquídeas da etiópia
Cheirava eu a alfazema e sonha em saber onde seria a etiópia...
Tenho um transistor ao pé da cama
Com sons de harpas e oboés
E cantigas de outras terras
Que percorri de lés-a-lés
Eram as harpas e oboés que me faziam sonhar
levar a música que tinha dentro de mim
por terras e terras
Tenho uma lamparina
Que trouxe das arábias
Para te amar à luz do azeite
Num kama-sutra de noites sábias
Fui descobrindo o amor,que podia ser à luz do sonho
kama-sutra ficou-me na curiosidade adolescente...
Tenho junto ao psyché
Um grande cachimbo d'água
Que sentado no canapé
Fumamos ao cair da mágoa
Psyché?Canapé?Palavras de passado...
Mas a vontade do cachimbo d'água, era o proibido tanto apetecido
E jamais foi provado!
Tenho um astrolábio
Que me deram beduínos
Para medir no firmamento
Os teus olhos astrelinos
Fiquei em desejos
de alguém trazer o astrolábio para medir os meus olhos...
Vem vem a minha casa
Rebolar na cama e no jardim
Acender a ignomínia
E a má língua do código pasquim
Que nos condena numa alínea
A ter sexo de querubim
Fico-me pelo querubim...
Obrigado Tê e Rui
A doçura da minha adolescência foi recheada pelos poemas que mal entendia, mas que me fizeram sonhar, amar, viver, sentir...
Hoje recordo, ainda mais deliciada, e sinto um aconchego que a idade me foi dando para vos ouvir sempre com amor e muita vida...

quarta-feira, setembro 20, 2006

Numa porta entre aberta
que se pode ver?
uma vida de ninguém ou alguém
e quem sabe o que a nossa imaginação prever.
Sentei-me para esperar
que algo aconteça e me faça andar,
e sem querer fui vendo
como uma simples porta entre aberta nos pode contar:
filhos que correm para lanchar, em gritos de alegria de voltar
mães que sofrem a ver, quem lhes deu vida e espera por morrer
depois ouvem-se sussurros de conversas
que acabam em gargalhadas ou choros contidos
e a porta continua entre aberta,
como se de uma força gigante aguardasse
para se fechar, e não nos deixar entrar...
Não vou continuar à espera...
vou até lá
pela porta entre aberta passar
e deixar de inventar...

segunda-feira, setembro 18, 2006

Arco Irís

Quando te senti pela primeira vez
Jamais pensei no que me irías fazer
Podias ser tu, podias ser outra
Mas foste tu, que a meus braços chegaste
cansada da maior e bela viagem do mundo.
Nasceste e não choraste
Tive medo como nunca
mas, lá estavas tu
serena, meia cor de rosa, meia laranja...
já eras o meu arco irís de momentos e paixões
Agora que já tens um metro de vida, de sonhos, de sorrisos
és a minha folha de verão que muda de cor
que não fica quieta e voa, voa ao sabor das brisas
ao sabor dos ventos que me atordoam...
és a benção na minha vida
és a minha razão de viver
és a minha filha amada e querida
por quem eu tudo farei
para continuares a ser o meu arco irís.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Lembro-me sempre da primeira vez que lá fui.
Foi o relembrar da juventude que ainda não está muito longe
Mas foi a mudança radical dentro de mim.
Deixei me levar pelas música e senti-me viva e cheia de energia...
Afinal ainda há vida para se viver...ao som do Rain Man e de tantas outras.

terça-feira, setembro 12, 2006

Com teus olhos de amêndoa
encerrados numa casca dura
sempre estás, sempre estiveste e sei que sempre estarás
por perto
De mim, de nós.
com palavras duras, mas com som de mel
relembrando erros de amargura, com gestos de amor
mostrando as más direcções, de coração em bússula
chorando na tua solidão, as minhas lágrimas.
Como te amo, como te adoro, como te venero, como me orgulho
de ti...
de quem sempre espero ,a aceitação da minha razão
de quem sempre espero, a aprovação das minhas acções
de quem sempre espero, a mão na minha vida.
Não sabes o quanto és importante para mim
se calhar nunca te disse
mas nos meus olhos, que tantas vezes tu ignoras
vai espelhado o meu amor por ti.
Perdoa-me as desilusões que te tenho obrigado a ter pelas minhas loucuras.
Amo-te muito IRMÃO

domingo, setembro 10, 2006


Sem ser poeta, sinto e não sinto
A amargura da solidão que gosto
A dor de ser uma alma encontrada
Sorriso de um coração sem cor
Mas quero sentir mais
Alegria no meu choro
Loucura num afago
Prazer na ausência
Mas quero mais, como Florbela me ensinou...
Morrer perdidamente no amor!

Festas e recordações...


Acordei sobressaltada...
Ao som dos foguetes anunciantes de que
as festas estão a começar.
Vieram à memória outras festas, onde tudo nos era permitido.
Como é bom ser pequenino e andar nos carroceis de alma livre, rindo para esconder o medo!
Vou lá voltar, mas agora já sou grande!
Vou entregar nas mãos pequenas dos meus milagres as tradições que vão ser sempre eternas.
Que tenham eles também vontade de andar nos carroceis...

quinta-feira, setembro 07, 2006

Festa do Avante e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia

Cito o DN:" Para o PCP, as FARC são uma organização popular armada que prossegue a luta pela real democracia na Colômbia"
Para o Conselho Europeu são terroristas.
Então e este???

terça-feira, setembro 05, 2006

Ele é lindo
Ele é meigo
Ele é macio
Ele adora lasanha...
Ele adora passear
Que mais quero eu?
BEIJOCAS.........

sexta-feira, setembro 01, 2006

A minha Escola

Na minha escola
é feita Educação
Ensino com Carinho
E tudo com muita devoção.
Sei que feliz vou ser
nos olhos dos meus miúdos
Nunca vou desistir
De os ver crescer, e ficarem "graúdos"
Venha a Ministra também
Ver como somos professores
Neste fim do Mundo abandonado
Somos nós que fazemos os vencedores...