domingo, fevereiro 13, 2011

Mais um dia,hora,minuto.22.40horas...o João nasceu já há 15 anos.Vejo-o crescer e todos os dias o vejo partir para longe de mim, para construir o caminho que espero e anseio que seja de boas coisas, de bons momentos e de poucas perdas.
Mas um dia irei...e desejo que esteja perto de mim,me segure a mão e me diga baixinho:vai mãe,vai com um sorriso...fico aqui para te lembrar e nunca deixar que te esqueçam.
Mas serei digna de ser relembrada?Que faço hoje para um dia não ser esquecida?Não sei.Não pretendo imortalidade,mas quero deixar a marca nos meu filho, na minha filha, que vivi em plenitude, que fui feliz, que amei,que desesperei, que chorei as minhas perdas,que chorei a alegria de os ver sorrir.
Quero ser eterna para ele...como o levarei no meu coração.

domingo, fevereiro 06, 2011

desliguem o som

Os dias continuam cheios de sol.
Sol que aquece por momentos, mentiroso no tardio, pois depressa enregela quem se distrai.
E penso sem pensar, mas que me vem à cabeça que o lugar não é este que eu quero estar e sentir que a vida acontece sempre ali.
Ouço o mar,bem perto, perto demais porque não gosto de ouvir, me arrelia e me põe tonta com o som que parece vindo de um búzio em continuo movimento, que eu não vejo a andar.
Nas palavras e caras nada vejo,nada sinto, mas o som de tudo e de todos cada vez que vibram dentro da minha cabeça mostram-me o que não quero ver, o que não quero sentir.E grito!
Grito dentro de mim por ouvir o respirar,o suspirar,o balançar,o olhar, o pestanejar.Os sons atingem volumes estrondosos dentro dos meus ouvidos e só quero deixar de ouvir.deixar de ouvir.deixar de ouvir.
E parar ali, aqui. Na imensidão do silêncio que procuro para estar viva.