O dia nasceu bem devagarinho.
Ainda mal acordada, dirigiu-se para a banheira para tentar sentir no corpo jactos de água que lhe levassem a angústia de outras horas.Horas de medo e insegurança que sempre tentara fugir, e mesmo nunca perceber que podiam chegar a qualquer momento.
Os pensamentos ainda surgem nas primeiras gotas de água, mas o dia estava aí para se olhar de frente.
Sentiu vergonha por ser inconstante, mas sabia que era essa característica que lhe fazia sentir a vida sorrir-lhe.
Mas sabia o que não queria...continuava a saber, e desta vez sem querer, e por isso medrosamente percebeu o que queria.Era bem mais fácil saber o que não queria, do que sentir o que realmente queria...tudo o que merecia para ser mais feliz!
Recomeçar como sempre diziam, não!
Começar sim...
1 comentário:
o paradoxo dos dias, iguais a tantos outros, reside na inconstância de (re)começar tudo de novo
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