domingo, janeiro 30, 2011

Fevereiro quente...diabo no ventre!!!

Escrever.Quando a alma é pequena,apertadinha tudo nos perece pequeno,triste e soturno.
Tenho andado por aqui como uma alma penada, triste como a noite, sem compreender as andanças da vida...
Vivo, ainda,e alguém me disse que assim seria, numa tormenta de emoções desde que o meu pai se foi.Se foi?Para onde?Morreu e acabou.Mas não sinto que tenha acabado.Comecei a nova era da minha existência,complicada,de incerteza,de insatisfação constante.Porra.E depois engordo...
Vivo os momentos mais parvos que alguém pode viver, dizem...que me importo com tudo e com todos.É verdade. E depois esqueço-me que existo, que tenho de me ver ao espelho, que tenho cortar o cabelo, que tenho de fazer depilação, que tenho de por creme na cara para esconder a idade, que tenho de viver o que quero e o que gosto, que tenho de voltar a sorrir e já nem me lembro como é, que tenho de dizer o que sinto e ninguém me ouve.
Mas a vida não é madarasta para mim.Não!
O João enleva-me na maneira de ser, bonito nos sentimentos, esplendoroso na maneira de estar e ser.O filho que me dá dor de alma a ver chorar por ter quase 15 anos, que dá dor por ser palerma e não aceitar um não meu, um filho que dá dor de saber que um dia vai embora.
A Leonor...como dizia o meu pai...está vingado!Pois está.Põe-me enlouquecida com a falta de crescer, mas ainda bem que ainda não cresceu, pois assim ainda é a minha Leonor.Depois sofre, chora e não percebe que na vida nem sempre tudo é como nos filmes...acabam bem e todos felizes.E é grande,matulona,leva tudo à frente...mas fala a bébé, encolhe-se em mim e quer colo da avó...e diz, o meu avô Fernando, já não diz só:o avô!Como se o avô só tivesse existido nas fotografias que vê.
A minha mãe...ó mãe!Espera ansiosa pelo encontro com o grande amor dela.E vejo nos olhos o chorar de todos os dias,a revolta escondida,a saudade em cada ruga nova que todos os dias aparecem,o faz de conta que a vida até corre bem.Desde que todos estejemos bem, a minha mãe vive,ou antes sobrevive, e doi-me.Mas quero-a aqui ao meu lado,Estarei sempre ao lado dela.
O Luis...que aconteceu ao Luis.Continua a ser o olho verde,o companheiro, o amigo, o cúmplie na vida.É o amor tranquilo que encontrei e que me faz acreditar, querer acorda todos os dias.E depois olhamos um para o outro e continuamos a acreditar que novos rumos temos de seguir.
Eu penso nisso.Em rumos novos, em coisas novas,numa vida diferente...
Quem sabe...
Mas vem o Fevereiro, cheio de aniversários, o João a 13, a Leonor a 23.E todos os outros que vão crescendo e descobrindo que o sol faz rir e a chuva nos molha mesmo a sério e se mistura nas lágrimas que tanto escondemos.
Fevereiro talvez venha com neve, a mim faz-me bem...se vier quente...fujo!

1 comentário:

Luís Alexandre disse...

A tua escrita és tu... já tinha saudades!!!