palavras soltas,risos contidos...no mar da vida podemos navegar sem velas sem marinheiros!
segunda-feira, setembro 17, 2007
Primeiro dia...já passou!!!
Começou o ano escolar
sábado, setembro 15, 2007
Mahnahmahnah!
Quem não se lembra...è simplesmente delicioso!!!Deu-me para a nostalgia de outros tempos...OS MARRETAS!!!
sexta-feira, setembro 07, 2007
Olho Verde...
Casa na Pradaria...
Depois de muitas voltas a pensar em que prenda te havia de dar...sei que esta lembrança é mesmo de mim para ti.
Parabéns Zézinha
quinta-feira, setembro 06, 2007
terça-feira, setembro 04, 2007
Meias...
Turismo Açoreano...
Açores - S. Miguel
E a aventura começou...
A Natureza começou a mostrar-se em cores divinas:o verde dos campos a beijar o negro das praias que se expandia no azul do oceano...Se existe algo divino, criador de tudo e de todas as criaturas...ele esteve em S. Miguel e pintou serenamente o paraíso!
Nunca tinha vista nada igual, de uma beleza protegida por si própria, de arregalar olhares silenciosos, carregados de admiração!
Por entre risos e sorrisos, senti-me flutuar nas brisas vindas do azul e comecei a descontrair, a deixar-me levar pelos sentidos e emoções que devagarinho se entrelaçavam em mim. O meu mundo estava longe, o meu mundo que me agrilhoava a sentimentos perdidos, soltava-se e deixava-me estar viva.
Foi o que aconteceu, ao fim de tanto tempo, senti a vida correr para mim...vale a pena estar viva!
Continuando a jornada (porque o dia estava lindo de morrer...não digam que está sempre chuva em S. Miguel...é mentira!), desci às pequenas piscinas que de todos os lados surgiam, aquecendo a agua salgada.O negro das rochas fez-me viajar até ao meu pequeno milagre e liguei-lhe entusiasmada com o que via:"João, aqui as rochas são todas pretas...é o máximo!"...resposta de 11 anos de filho:"Ó mãe, então não sabes que é rocha de origem vulcânica!".Pressenti um "Dah"...ficamos pelos beijinhos e boas férias e eu entalada na minha ignorância!
E fui andando, percorrendo de lés a lés a ilha verde rodeada de azul...
As Furnas com as suas fumarolas, sinal de vida na terra, e o parque lindo coma a piscina de água castanha e quente...autêntica sopa...só faltavam as couves a boiar...maravilha para a pele!
E o meu olho verde a mostrar-me tudo, o que ele sente que eu gosto e deliro!O coreto de acústica genial...abobadado com a ressonância à capela, onde ouvi o que sinto por ti...também gosto de ti!
O Ilhéu, visto e saboreado lá, é ainda mais bonito do que se vê na televisão, com águas limpas de civilização, onde se convive com peixes enormes, que brincam por entre os nossos pés...
Lá encontramos os colegas de tão longínqua terra...Castelo de Paiva...risota!
A praia da Ribeira Quente, onde o mar aquece com o fervilhar da terra...adorei estar ali, adorei mergulhar nas águas como em tempos idos o fazia...com vontade de ser peixe!
E as Lagoas?Foi emocionante estar tão perto do que vemos em postais e fotografias.São bem mais bonitas do que podemos pensar, pena é que estejam a desaparecer devido a problemas ambientais.
A Lagoa do Fogo!Soberba!Apetece ficar ali...a olhar, a sentir e nunca mais vir embora.
Mas o melhor estava para vir...Caldeira Velha!
O dia estava de morrinha, que nos colava em humidade quente, mas o dia era perfeito!
Água quente, queda de água termal...e eu lá dentro a fundir-me na mãe natureza!
E tantas coisas mais, e tantos sentimentos mais, e tantas emoções mais...
A ilha conquistou-me em pleno, e o Amor deflagrou ainda mais em mim...
Fiquei num estado que nunca pensei poder ficar novamente...desde os meus tempo de adolescente...
ARREBATADA!
Arrebatada com a ilha, arrebatada com as cores, arrebatada com os cheiro(a enxofre!!!) e... arrebatada por ti, olho verde...
Quem não se arrebata, não sente!
segunda-feira, agosto 27, 2007
sábado, agosto 04, 2007
Férias 2ª Parte...ida...
Férias 1ª parte...o regresso
terça-feira, julho 17, 2007
sexta-feira, julho 13, 2007
Férias...1ª parte!

E lá vou eu, com os miúdos e meus pais até terras de Marbelha!
Isto é que é vida...dizem...
Serão 15 dias de praia, sorna, praia, sorna!!!
Mas é apenas a primeira parte...porque o olho verde fica por cá!!!
Depois conto para onde vou com ele...
Para todos, estejam ou não de férias...
terça-feira, julho 10, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
Vem aí a Beatriz...
terça-feira, junho 26, 2007
26 de Junho
segunda-feira, junho 25, 2007
Poderosas, as palavras ditas, escritas e ouvidas...
Levam-nos a todo o lado, viajando na imaginação das leituras, de palavras escritas por alguém que as disse... que as imaginou.
Fazem-nos viver, em comunhão dos sentidos com os pensamentos.
Magoam-nos, na perdição de sonhos queridos, de sonhos encontrados, mas esquecidos.
Mas são as palavras...as que o vento as leva, que mesmo fugindo nas brisas, são elas que ficam, são elas que moram, são elas que morrem em nós.
sexta-feira, junho 22, 2007
Mais um ano...
Agora vêm...reuniões...decretos de lei...planos...relatórios de retenções...
Mas...
Tenho muito orgulho!
O QUE É O AMOR?
"Amor é quando alguém te magoa, e tu, mesmo muito magoado, não gritas, porque sabes que isso fere os sentimentos da outra pessoa."
"Quando minha avó ficou com artrite, e deixou de poder dobrar-se para pintar as unhas dos pés, o meu avô passou a pintar as unhas dela, apesar de ele também ter muita artrite."
"Quando alguém te ama, a forma de dizer o teu nome é diferente..."
"Se queres aprender a amar melhor, deves começar com um amigo de quem não gostas."
"Há dois tipos de amor: o nosso amor e o amor de Deus. Mas o amor de Deus consegue juntar os dois."
"Amor é quando a nossa mãe vê o nosso papai chegar suado e mal cheiroso, e ainda diz que ele é mais bonito que o Robert Redford!"
Quando amas alguém, os teus olhos sobem e descem, e pequenas estrelas saem de ti!"
Divirtam-se...e amem muito!
quarta-feira, junho 20, 2007
segunda-feira, junho 18, 2007
MEME...Literatura
e porque as palavras são os elos de ligação entre o "eu e o tu..."
ZECA AFONSO
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro, "na parte da cidade voltada para o realismo e para o mar".
E sem continuar na descrição biográfica por aqui me fico...quem não o conheceu, quem não o conhece!
Grândola Vila Morena
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Olha o sol que vai nascendo
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz
Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Vira também
Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego
Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção
Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Se até da gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar
Menino a ti
Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver
Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego
Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção
O Zeca Afonso sempre fez parte da minha vida.Primeiro pela música que fui conhecendo pela mão do meu pai, resistente e lutador,professor de mim mesma na procura das liberdades...e mais tarde pelas letras profundas e contagiantes de sonhos ansiados, perdidos e ainda desejados.
Sinto que as palavras deste grande poeta ainda estão bem dentro de nós, e infelizmente actuais.
Escolhi-o por tudo e mais tudo e porque foi a Renda que me desafiou...a ela devo muito da minha liberdade!
E...escolho...
domingo, junho 17, 2007
quinta-feira, junho 14, 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
A minha turma conhece-se bem e trabalha para o mesmo objectivo, que é estudar para ter um bom futuro profissional e social.
Se todos nós cumprirmos as regras que foram estabelecidas na turma e no regulamento interno da escola vamos evitar os conflitos (bater, mentir, omitir...) e promover boas relações (escuta dos problemas dos outros, protecção, ajuda...), o que vai trazer vantagens ao grupo: mais coragem, mais rapidez (através da distribuição de tarefas e inter ajuda), mais divertimento, mais tempo livre...
Um grupo precisa de força para passar os maus momentos e a União é a vantagem, a boa relação e a regra, que melhor ajuda a ter essa força, tão desejada.
Partilhar, Perdoar, Respeitar e Colaborar.
O Amor equivale a estas quatro palavras juntas e o Amor é a regra fundamental do grupo.
No 5ºJ partilha-se, respeita-se e colabora-se, mas por vezes não se perdoa. Atenção 5ºJ, temos que começar a fazê-lo, senão, não podemos ser um grupo.
Mas para estas palavras entrarem dentro do grupo, é preciso que já exista Verdade (Honestidade), Confiança (Acreditar em alguém ou algo) e Abertura aos outros (não ser egoísta) no grupo.
Apenas digo mais uma frase:
Para sermos felizes, temos de saber dar e receber.
Que bom!Os sorrisos e gargalhadas não faltam, assim como birras infantis que me enlouquecem.
"Mãe, quando acaba a escola?"
Queria que acabasse hoje, mas falta pouco.Falta pouco para os 50% cá de casa, porque para os outros 50%...a confusão, a angustia das avaliações ainda está para começar...vai ser lindo!
50%!Sim, o olho verde já está mais cá do que lá...entrou devagarinho, silencioso e foi deixando pequenas coisas por aqui espalhadas...e agora está cá.
E eu estou feliz.Não me lembro de o ser desta maneira, mas a felicidade é assim, tens cores e aromas, tem sol e lua,tem calor e frio...
É bom ter alguém, é bom ter-te sempre por perto, é bom encontrar-te aqui ao meu lado.
Gosto de ti, Luís...
segunda-feira, maio 28, 2007
O livro da Né
Chegada a casa da mãe, onde ficava sempre que vinha de férias, Leonor entrou pé ante pé, como uma adolescente, de memórias longínquas, das noites de borga sem que os pais dessem conta.
Hoje, era uma mulher feita! Detestava que a lembrassem disso, mas que era uma mulher feita, era! Feita de experiências fantásticas vividas pelo mundo fora, que a foram saturando e afastando de todos.
Tinha chegado ao fim da meta e o balanço não era grandemente positivo: mãe solteira de uma adolescente, casa nova, e um mestrado que parecia nunca mais acabar.
O que lhe ía valendo eram os freelance que fazia. Sempre ajudavam nas despesas e lhe revelavam novos materiais para o mestrado.
Politica? As outras riam-se e diziam que era para o tacho, mas ela era uma mulher feita de valores. Sempre sonhara em promover grandes campanhas, com grandes nomes e grandes ideais e agora, que a meta do resto da vida tinha aparecido, porque não investir no que sempre sonhara?
Talvez um dia alguém notasse que ela era uma mulher de grandes ideais e ideias.
Deitou-se serenamente a pensar no jantar e nas conversas e descodificou as entrelinhas de todos os sorrisos e comentários.
Rita estava desfeita, mas a miúda é nova e vai recuperar. O palerma lá do Luís Miguel ainda havia de voltar como um carneirinho…"dá-me tempo", disse ele, quando sentiu que o romance era mesmo a sério. Compromissos! Nunca querem compromissos, estes tipo de agora!
A Beatriz, amiga de longa data, e o elo de ligação entre todas, continuava serena, mas com um olhar inquieto .Que seria? Não tinha dado para conversar mais proximamente, mas ela sabia que algo não estava bem.
-Amanhã ligo-lhe e vamos tomar um café e descubro tudo.
Bem, a Maria, essa continua na mesma! Louca, desvairada mas ao mesmo tempo ponderada. "Sempre optimista, aquela rapariga!",pensou Leonor já quase a dormir.
Apesar da vida alucinada e de ser uma inconstante nos desejos que tinha, era uma optimista que fazia ficar todos de bem com a vida .Leonor dizia-lhe que ela tinha uma missão grande…e as amigas eram essa missão.
Foi adormecendo com o olhar de Maria, que era o sorriso que a embalava pela noite dentro.
quarta-feira, maio 23, 2007
A Canela!
quarta-feira, maio 16, 2007
O livro da Né
Era quase duas da manhã quando Rita chegou ao hotel onde ficava sempre que vinha ao norte. Estava cansada e teria de se levantar cedo para regressar a Lisboa.
Sentou-se na beira da cama e acendeu um cigarro. Um soluço de lágrimas que se preparavam para a inundar apareceu, e Rita não conseguiu mais conter.
A noite trouxera muitas recordações. Como as tinha conhecido fazia parte da história de amor que ainda lhe manchava a alma.
Olhou sôfrega para o ecrã do telemóvel com esperança de alguma chamada não atendida ou sms por ouvir, mas nada. O ecrã continuava escuro, como ela se sentia.
Todas tinham sido umas queridas e lhe diziam que tudo ía passar, mas não contabilizavam os minutos, as hora, os dias que demoraria a passar.
Porquê?
Tinham-se conhecido numa das viagens proporcionadas pela agência de publicidade onde trabalhava.
A mãe da Rita sempre a avisara para seguir outro curso. Agora tinha uma filha psicóloga a trabalhar em cores, palavras e logótipos, “que nem sei o que isso é!”, refilava com a filha sempre que esta aparecia.
A viagem até ao sul no Inverno não era de se deitar fora, por isso Rita melancolicamente com os seus 28 anos foi apreciando a paisagem por onde passava.
Logo que chegou, apresentou-se e foi levada para uma sala onde outros publicistas se encontravam e discutiam as novas tecnologias. Viu-o logo que entrou: alto, moreno, expressivo na maneira de falar.
Há muito tempo que não via alguém assim parecido…e ficou fascinada com o “colega” de workshop!
As sessões foram decorrendo com algumas inovações até à hora do jantar, que seria servido numa grande sala, só para os participantes.
Estes foram-se distribuindo pela sala e sem querer, e à filme “holywoodesco”, Rita ficou em frente ao exuberante colega.
Sorrisos trocados, palavras de circunstância, concluiriam que viviam nas redondezas um do outro e que eram uns apaixonados por desportos radicais e automóveis.
Bem, nesta parte de automóveis, jipes e familiares, já Rita dizia que sim, pois o jantar já ía longo e tinha sido abundantemente regado com um vinho tinto excelente.
Depois do jantar, todo o grupo se dirigiu ao bar do hotel a por ali foram ficando a conversar e bebendo um copo de final de noite.
Rita pouco tempo ficou, pois já se sentia bastante dormente, e na manhã seguinte teria de fazer uma exposição do trabalho que estava a ser desenvolvido pela agencia onde trabalhava.
quinta-feira, maio 10, 2007
quarta-feira, maio 09, 2007
João Miguel Tavares
Jornalista
Estava Miguel Sousa Tavares na TVI a comentar a nova Lei do Tabaco quando da sua boca saltou esta pérola: o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não há quem lhes corte o pio. Que bela comparação. Afinal, o que é uma nuvenzinha de nicotina ao pé de um miúdo de goela aberta? Vai daí, para justificar a fineza do seu raciocínio, Sousa Tavares avançou para uma confissão pessoal: "Tive a sorte de os meus pais só me levarem a um restaurante quando tinha 13 anos." Há umas décadas, era mais ou menos a idade em que o pai levava o menino ao prostíbulo para perder a virgindade. O Miguel teve uma educação moderna - aos 13 anos, levaram-no pela primeira vez a comer fora.Senti-me tocado e fiz uma revisão de vida. É que eu sou daqueles que levam os filhos aos restaurantes. Mais do que isso. Sou daquela classe que Miguel Sousa Tavares considerou a mais ameaçadora e aberrante: os que levam "até bebés de carrinho!". A minha filha de três anos já infectou estabelecimentos um pouco por todo o país, e o meu filho de 14 meses babou-se por cima de duas ou três toalhas respeitáveis. É certo que eles não pertencem à categoria CSI (Criancinhas Simplesmente Insuportáveis), já que assim de repente não me parece que tenham por hábito exibir a glote cada vez que comem fora - mas, também, quem é que acredita nas palavras de um pai? E depois, há todo aquele vasto campo de imponderáveis: antes de os termos, estamos certos de que vão ser CEE (Crianças Exemplarmente Educadas), mas depois saltam cá para fora, começam a crescer e percebemos com tristeza que vêm munidos de vontade própria, que nem sempre somos capazes de controlar.O que fazer, então? Mantê-los fechados em casa? Acorrentá-los a uma perna do sofá? É uma hipótese, mas mesmo essa é só para quem pode. Na verdade, do alto da sua burguesia endinheirada, e sem certamente se aperceber disso, Miguel Sousa Tavares produziu o comentário mais snobe do ano. Porque, das duas uma, ou os seus pais estiveram 13 anos sem comer fora, num admirável sacrifício pelo bem-estar do próximo, ou então tinham alguém em casa ou na família para lhes tomar conta dos filhinhos quando saíam para a patuscada. E isso, caro Miguel, não é boa educação - é privilégio de classe. Muita gente leva consigo a prole para um restaurante porque, para além do desejo de estar em família, pura e simplesmente não tem ninguém que cuide dos filhos enquanto palita os dentes. Avós à mão e boas empregadas não calham a todos. A não ser que, em nome do supremo amor às boas maneiras, se faça como os paizinhos da pequena Madeleine: deixá-la em casa a dormir com os irmãos, que é para não incomodar o jantar.
quarta-feira, maio 02, 2007
domingo, abril 29, 2007
Isto de relembrar...

Depois de algumas conversas concluí que era extremamente desonesta em não criar o clube Cerelac...
Por isso aí vai, sendo a minha amiga "rendadebilros" a primeira e maravilhosa sócia!!!
sábado, abril 28, 2007
O Clube Nestum...
quarta-feira, abril 25, 2007

Porque hoje o dia é em Vermelho!
Vermelho de sangue que tantos derramaram nas lutas obrigadas por maníacos em terras longínquas de sol abrasador...
Homenageio o meu Pai, que lutou por obrigação sem poder fugir, sem poder dizer NÃO!
Obrigado Pai, pois as tuas "lutas" fizeram com que hoje eu possa dizer Não...e me ensinaram a respeitar, a desejar o bem, a lutar por um Mundo melhor...
Obrigado a todos que por palavras, sons, amor e guerra foram lutando e nos ofereceram a liberdade em mãos sofridas.
Que pena que nem tudo tenha corrido pelo melhor, mas nunca, nunca mais o dia nascerá cinzento!
25 de Abril Sempre...
O livro da Né
Despedi-me delas no carro. Tinha sido uma noite de outro mundo, e em outro mundo iria entrar.
Abri a porta de casa e apenas vislumbrei as sombras da televisão da sala onde os meus pais serenamente me esperavam. Sorriso da minha mãe, compreendedor de tantas falhas que tenho tido. O meu pai lá se levantou e com a sua maneira sempre agradável fez um breve resumo do que os netos tinham feito e o que tinham dito. Tudo calmo, tudo como deve de ser.
-Até amanhã, obrigado por terem ficado, sussurrei agradecendo de coração mais partido do que inteiro. A noite findara e eu senti a solidão a entranhar-se em mim.
-Até manhã, filha. Foi o mote da saída de quem sempre está presente em mim.
Fiquei só. Visitei os quartos deles e vi-os dormir com sorrisos e manias de sempre: Afonso enrolado no lençol, Margarida encolhidinha como se ainda estivesse dentro de mim.
O silêncio sabia-me bem, apenas a solidão me atormentava.
Sentei-me na cozinha, como tantas vezes fazia, e fui recordando as palavras, as gargalhadas da noite, e sem querer deixei-me flutuar em recordações ainda mais longínquas que há muito tempo não me cercavam.
A minha adolescência…as amigas…os amigos…a escola…e sempre as gargalhadas que me saíam de dentro do coração sem nunca passarem pela minha cabeça.
As saudades fazem-me crescer e viver todos os dias mais em plenitude, mas hoje recordei os sons e aromas da maior perda: o primeiro amor.
segunda-feira, abril 23, 2007
O cansaço vai tomando conta do meu corpo e o sentir a ganhar forças que eu não pretendo ter.
Tudo acaba por ser sentido como um quarteto de cordas que sempre me fascina...o som do violoncelo que chora acompanhado pela alegria contagiante dos violinos e sussorrado pela viola de arco!
É poderoso!
As viagens estão a tornar-se longas demais, e o regresso a casa acaba por não ser um descanço, mas mais momentos de tudo o que se sabe quando numa casa não vive feiticeira que coça o nariz!
Os miúdos vão cercando-me com carinhos e discussões dos 4 anos de diferença entre eles.Por vezes páro e observo-os:como o mundo é engraçado quando se ama e se luta por tudo e por nada!E eu cansada...à espera que a hora chegue para me deitar e esquecer...
Mas não esqueço porque a alma não dorme...e não deixa parar o que vamos sentindo!
O Amor que nasce e nos prende nos sorrisos ali está, entranhado no mais fundo de mim...e com ele tudo o que de bom nos faz sentir...desejos e medos!
Porque o Amor é assim:faz-nos desejar a vida e faz-nos ter medo dela!
Quem vai vencer?
terça-feira, abril 17, 2007
O livro da Né
Quando as vi fiquei nervosa. Só agora é que tinha percebido o quanto gosto delas e o quanto tinha de saudades.
A Beatriz sempre linda, com ar decidido, era com quem eu sempre partilhava os meus dias. Vivíamos perto uma da outra e éramos quase inseparáveis.
A Rita, a nossa noviça na vida, sorria-me com meiguice e mimo.
-Sempre magra, disse-lhe eu, que inveja que eu tenho de ti.
Rita sorria e dizia que até estava mais gordinha.
Onde? Nas orelhas!!!
Fomos ter com a Leonor a casa dos pais dela.
Que Mulher! Morena, vestida de branco, linda! Era uma mulher acima dos terrestres que conheço.
Dentro do carro falávamos todas ao mesmo tempo, como adolescentes numa primeira saída. Discutíamos onde iríamos jantar e depois…quem sabe dar um giro!
- Eu não posso, estou de filhos, disse eu, mas aproveitamos o jantar para pôr tudo em dia.
Leonor olhou-me à matador e resmungou logo: Que seca teres de ir cedo…não sei se te consigo contar tudo durante o jantar.
Eu já sabia, quando Leonor começa ninguém mais fala, ouve-a, saboreia-a e bebe-a…e ela, sabe bem o que provoca, e claro aproveita-se de nós para extravasar a vida que tantas vezes está encarcerada tanto tempo.
Fiz-lhe uma festa no braço…como desculpa
A Beatriz, chefe e líder, sem dar por isso, impôs logo o ritmo, vamos para o Pietro e depois vemos o que dá.
Rita guiava silenciosamente, com o seu ar angelical e rindo-se de todas nós que, sendo mais velhas, a fazíamos sentir ainda mais nova.
segunda-feira, abril 16, 2007
Eu não sei quem te perdeu
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Do Pedro Abrunhosa...sempre lindo!
Ainda mal acordada, dirigiu-se para a banheira para tentar sentir no corpo jactos de água que lhe levassem a angústia de outras horas.Horas de medo e insegurança que sempre tentara fugir, e mesmo nunca perceber que podiam chegar a qualquer momento.
Os pensamentos ainda surgem nas primeiras gotas de água, mas o dia estava aí para se olhar de frente.
Sentiu vergonha por ser inconstante, mas sabia que era essa característica que lhe fazia sentir a vida sorrir-lhe.
Mas sabia o que não queria...continuava a saber, e desta vez sem querer, e por isso medrosamente percebeu o que queria.Era bem mais fácil saber o que não queria, do que sentir o que realmente queria...tudo o que merecia para ser mais feliz!
Recomeçar como sempre diziam, não!
Começar sim...
sexta-feira, abril 06, 2007
O livro da Né
Estava num rodopio.
Eram 7 horas da tarde e tudo ainda estava por fazer, Maria tinha um jantar, tinha O jantar, que as ia juntar novamente, mas ainda tinha tanta coisa para fazer.
Deixar o jantar feito para filhos, esperar pelos pais que iriam tomar conta deles. Ainda bem que os avós existem, pensava Maria tantas vezes.
Depois os banhos! Era sempre uma confusão, pois estava sempre a dar uma coisa interessante na televisão à hora do banho.
- Vá lá meninos, os dois para a banheira.
Maria tentava de voz melodiosa, sabendo que essa voz se iria tornar espinhosa à quarta ou quinta vez.
-A água está a correr, não sabem que temos de poupar água?
Nesta altura já apelava a tudo. Ecologia, poupança da água, os incêndios, o futuro sem nada para beber…
Banhos dados, era momento de tomar um duche rápido enquanto pensava no que ia vestir. Nunca Maria fora muito dada a escolhas exaustivas de roupa, mas o momento era importante.
O jantar que sempre lhe fazia bem, onde aprendia a rir e ganhava anos de vida.
Lá se arranjou o melhor que se lembrou, terminando com um risco negro nos olhos e com uma colónia de miúdos a dar-lhe um ar de miúda traquina.
Nem se olhou ao espelho. Para quê?
Foi ansiosa ao encontro das outras: a Beatriz, a Leonor e a Rita.
As quatro mulheres que não eram um grupo mas sim um conjunto de vidas, de aromas, de cores.
Seria uma noite fantástica.
A Kai faz anos!
Caminhada...
Loucura de férias...
A festa cá no prédio(onde vivem muitos amiguinhos dos meus filhotes!) tem sido uma constante, e eu, como até sou uma mãe "fixe"(detesto ser fixe!!!)andei num virado para lanches e jantaradas para os mais pequenos!E depois a luta com o computador...só hoje é que consegui aqui vir...
Agora estou sozinha, a saborear a solidão que gosto, mas que ao mesmo tempo me angustia...os miudos foram para o pai!
Vai ser bom para eles e para mim...digo eu!!!
Por isso, queridos companheiros bloguistas e amigos...
Boa Páscoa e gostava de vos pedir uma coisita...
Visitem o site da ACREDITAR e vejam até onde podemos ajudar...nem que seja divulgando.
Um beijo para todos.
terça-feira, março 27, 2007
A 24 de Março...o dia...foi de festa
Já não me sentia eu mesma há muito tempo.
Já não me sentia tão feliz e tão contente há tanto tempo.
E ainda por cima gostei de todas as prendas que me deram...e que me prometeram vir a dar...mesmo que não se cumpram...
Ás vezes as promessas são assim...só por serem prometidas já valem tudo!
São 38 anos.
É o continuar de um percurso atribulado,mas cheio de encantos e sorrisos.
Tive presente todos que amo, juntos para mim,para me verem sorrir e...claro está ouvir dizer patacoadas!
O melhor momento foi ver os meus pais comigo,sentir orgulho deles e de ser filha deles.
Que seria eu sem os braços sempre abertos da minha mãe e da coragem do meu pai?
Nada!
Depois foram os meus filhos.O João que cantou em mais uma audição da academia.Já não é do grupo dos pequeninos.Ele cresceu tanto!
E a Leonor que saí disparada da catequese!Atira-se a mim sorridente!Beijos e beijos!
Sem eles que sou eu?
Nada!
E as horas passam por entre mensagens de telemóvel e chamadas de amigos mais ou menos próximos que se vão lembrando de mim.
Até que a casa se enche de amigos do coração!A Ana Rosa, com o seu João e Joãozinho,que me ajudaram a criar o meu João!A Manela que me fez ver a vida de outra maneira...que me disse:SONHA!VIVE! e a Vó Betinha.A Nani com o Tó e as miúdas...,minha alma gémea,louca igual a mim,apaixonada sem controlar...A Susana e o Tito, amigos sempre presentes com ombro disponível para as minhas tristezas.
E o meu irmão e a minha mãmã da Beatriz, com a Beatriz bem quentinha dentro dela.
E a Titi, o Papapanha, a Zéquinha, o Guerra, o Maneli, a Lulu...a família que continua unida por um cordão umbilical forte que nunca se vai partir.
Falta a Vóvó!A idade prende-lhe os movimentos, mas nunca o pensamento.Mulher de outros tempos, passou pelas maiores dores que alguém pode passar:perder uma filha pequenina, e o marido com pouco mais de50 anos!Se fosse hoje, nenhum dos dois tinha ido embora!Mas a Vóvó continua a percorrer o seu destino, com dificuldade, mas sempre presente.
"Então não falta ninguém?"
Não!
"De certeza?"
Sim
"E aquele de olhos verdes?"
O de olhos verdes?
"Sim, o de olhos verdes!Quem é?"
É...simplesmente...ELE!
quarta-feira, março 21, 2007
Balancé...
Hoje estive a ver aquela parte das mudanças radicais...
Deixar de fumar!
Fazer dieta!
Caminhar todos os dias uma meia horita!
Pôr creme no corpo... todos os dias!
Não roer as unhas!
Tirar as tralhas todas do carro!
Aspirar o carro!
Fechar os estores ao pôr do sol!
Abrir os estores só de manhã!
Fazer a cama direitinha logo que me levanto!
E nunca, nunca sentar na cama depois de arrumada!
Dia da Poesia para os mais pequenos
Lesto e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pega corre
Bem de mansinho
Atrás de um pobre
De um passarinho
Súbito, pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga.
do Vinicius de Moraes.
segunda-feira, março 19, 2007
Penso sempre no que uma amiga me disse: primeiro pensa no que não queres, depois vê o que queres...
E assim vou elaborando o meu pseudo balanço das minhas 37 primaveras...verões...outonos e invernos!
Não quero, começo eu, pois é bem mais fácil...não quero ficar sozinha,tenho medo da solidão!
Não quero deixar de amar,faz-me sonhar!
Não quero deixar de viver,rir, brincar, fazer amigos...
Não quero deixar de vibrar com os raios de sol que todos os dias por entre nuvens brincalhonas me vão beijando.
Não quero que os meus pais sofram mais comigo.
Não quero que o meu João deixe de me abraçar.
Não quero que a minha Leonor deixe de ser teimosa.
Não quero que a minha afilhada, desejada, esperada, nasça sem eu lá estar, ao ladinho da Mãe dela.
Não quero que o meu irmão deixe de me olhar com carinho
Não quero deixar de unir a minha família.
E agora...sei o que quero...sei do que sinto falta...sei de quem sou...
Fazer 38 anos...vai ser bom...não vai, Maria?
quarta-feira, março 14, 2007
A aproximar-se o momento do meu nascimento...
Fico furiosa...mas sorrio para toda a gente como se fosse uma flor campestre que vai descobrindo os prazeres solheiros de tardes de Março...Marçagão...manhãs de inverno...tardes de verão.
Choro as estopinhas de cansaço da vida que levo num vai e vem, rio-me das cores que transbordam pelos caminhos que percorro...verde, azul, laranja ao cair da tarde.
Discuto comigo, zangada por não saber orientar o que sinto...acarinho-me em abraços apertados desculpando-me pelos tropeços da alma...
Sou como a Primavera...chuva e sol...
segunda-feira, março 12, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
Dia da Mulher!!!Só para chatear...
Não ficamos carecas...
Temos um dia internacional...
Sentar de pernas fechadas não dói...
Podemos usar tanto o rosa quanto o azul...
Sempre sabemos que o filho é nosso...
Temos prioridade em barcos salva-vidas...
A programação da T.V. é 90% voltada para nós...
somos os primeiros reféns a serem libertados...
A idade não atrapalha nosso desempenho sexual...
Podemos ir pro trabalho de bermudas e sandálias...
Se somos traídas, somos vítimas; se traímos, eles são cornos...
Podemos dormir com uma amiga sem sermos chamadas de lésbicas...
Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo...
Mulher de embaixador é embaixatriz; marido de embaixadora ñ é nada...
Somos monogâmicas (embora precisemos testar vários homens pra achar um que valha a pena)....
Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com 4 bilhões de neurônios a menos, ou seja,nossos neurônios são mais eficientes...
Se resolvermos exercer profissões predominantemente masculinas, somos "pioneiras", mas se um homem resolve exercer uma profissão tipicamente feminina, é bicha...
e por último: Fazemos tudo o que um homem faz, e de SALTO ALTO!
quarta-feira, março 07, 2007
Morreu uma amiga e colega.
A Fatinha, professora de Educação Visual e Tecnológica da Escola E. B. 2/3 Domingos Capela.
Lutou contra a doença, e sempre sorridente, ainda brincava com as aulas de substituição.
Não vou esquecer o cuidado com que pintava e decorava tantas coisas da escola.
Não vou esquecer os olhos lindos, claros como água, acolhedores nos carinhos.
Sempre me chateava por fumar...mas sorria ao dar-me conselhos...
Não é adeus Fatinha, é até um dia destes...e como diz a nossa Delfina:o céu vai ficar mais divertido contigo.
Um beijo
domingo, fevereiro 25, 2007
Agora só para o mês que vem...
Leonor
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Manuel!
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
"E tu perguntaste:Então e a família?Teus filhos, teus pais e teu irmão..."
Como és capaz de me ler os pensamentos?Como consegues perceber o que sinto?
E depois sonhei com o meu irmão.Acordei ansiosa a pensar nele e ao mesmo tempo assustada.
"Disseste logo:telefona-lhe!"
Mesmo ensonado sabias que as saudades estavam dentro de mim, que não consigo viver sem ele.
Que ele é a minha ancora, mesmo quando se afasta de mim.
Tenho saudades dele e queria que ele estivesse presente na nossa vida.
Já sei...tenho de ter paciência!
O meu irmão conhece-me melhor do que ninguém, acho que me conhece melhor do que eu própria...por isso queria que ele me perguntasse tantas coisas, que sorrisse com o meu olhar, que me encarasse para ver que estou feliz, que me desse a mão e me apoiasse, que se encostasse a mim para eu poder chorar as minhas alegrias,as minhas ansiedades, os meus medos!
Queria mesmo, era que ele viesse ter comigo...
Vais sorrir e fazer-me uma festa!Já sei!É o que encontro sempre em ti...olho verde!
terça-feira, fevereiro 13, 2007
João
Foi assim que o meu pai recebeu o neto faz hoje 11 anos!
11 anos!
O João faz 11 anos, e eu lembro-me de todos os momentos do nascimento dele!
Depois do parto normal...sim,que isso de epidural é para as mariquinhas!!!(Não deu tempo para a abençoada injecção!!!)Vi uma coisita bem pequenita muito rosada a ser quase atirada para os meus braços...era ele!Não chorou!Espirrou ao nascer!Achei logo que só podia ser meu filho!
Espirrar e não chorar?Como todos os outros fazem?MEU FILHO!!!
Não tinha sobrancelhas!Que estranho!Era branco demais...mas tinha umas pestanas enormes,como ainda hoje tem escondidas nos óculos que ele odeia!E o nariz?Bem empinado!Sinal de problemas para o meu lado!!!
E ali fiquei...deitada com ele nos meus braços sem pestanejar, quase sem respirar, só a vê-lo, a conhece-lo e a sorri para ele!
Foi muito bonito...nessa noite...porque depois...
Depois foi o crescer, o ver caminhar, o ver brincar, a falar, tatobitato, tudo em qs!O Quio!O Bruno que era CACO!Os quinquinhos!Não vou traduzir, não!
E tantas coisas...e agora olho para ele e sinto:Descobri o verdadeiro amor!
O meu filho é o bem mais precioso que tenho,para ele vivo, para ele sonho, para ele estou aqui.
domingo, fevereiro 11, 2007
Para o Dia dos Namorados!!!
"Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar."
Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfiando...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando...
Mesmo a um velho eu perguntei:"Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?"
E o velho estremeceu...olhou...e riu...
Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados...
E eu paro a murmurar: "Ninguém o viu!..."
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Vasco Debonnet
Meu primo, filho de uma prima minha chamada Miguel.
Fomos criadas juntas...por isso o amor nos une como o amor de irmã.
Não tenho nenhuma irmã e sempre a invejei pois ela até tem duas...que sorte!
Mas sei que elas estão sempre do meu lado, e isso é que interessa.
Assim, o Vasco, malandreco e rebelde, meigo e carinhoso, também é muito mais do que um primo, é um sobrinho amado de quem tenho muitas saudades.
Parabéns Vasquinho, e logo que cá vieres já sabes...deixo-te brincar comigo!!!
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Catarina Eufémia
Fiquei parada a olhar pelo espelho retrovisor a tentar encontrar os olhitos matreiros da Leonor.
Catarina Eufémia?Já nem me lembrava de ouvir este nome, e muito menos da mulher!
Esperei...
"Mãe, a minha professora de artes plásticas falou da Catarina Eufémia!"
Hum...que vai sair dali?"Ai sim?Então o que é que ela te disse dessa senhora?"
"Disse que a Catarina era muito amiga das pessoas pobres, e morreu por causa dos polícias que lhe deram um tiro"
Muito bem, pensei eu...a profe até tem estilo de ser para os lados de esquerda...Mas a Leonor continuou:" Sabes que a Catarina estava grávida e mesmo assim mataram-na?"
Não, não sabia!
"Mas ela era mesmo amiga das pessoas que precisavam!"
O silêncio pairou em luto pela mulher de quem eu já nem me lembrava.
Por isso a homenagem a Catarina...
CANTAR ALENTEJANOVicente Campinas
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar